O Melhor Portfólio 2020

O retorno

Sumário

Introdução

Nathan Araújo Euzébia Rocha    8080    31    2C

A proposta desse trabalho é resgatar todo o conteúdo passado de filosofia durante o ano, desde a moral e a ética até chegar na estética, além de ressaltar a importância da matéria.

(Imagens meramente ilustrativas 🤪️)

Imoral

O adjetivo é usado para se referir a pessoas que descumprem regras e leis de forma consciente e livre, ou seja: por vontade própria, sem que haja qualquer fator as obrigando a isso.

Amoral

Por outro lado, amoral é aquele que descumpre
as regras de forma inconsciente. Isso pode acontecer
devido traumas físicos e emocionais, como
drepressão pós-parto, imaturidade, ou por
transtornos psicológicos, como no caso da
psicopatia.

Teorias Éticas

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Ética Pré-Socrática

EPICUTURISTA (Epicuro – IV a.C.)
Para essa escola, a finalidade da vida humana é o prazer máximo. Há diferentes tipos de prazer.

EFÊMEROS: São imediatos e trazem sofrimento.
ETERNOS: São prazeres que provocam a felicidade plena. A razão é um moderador e causa o equilíbrio

CÍNICOS (Diógens – III a.C.)
Nessa linha de pensamento o homem deve viver em sintonia com a natureza de maneira simples desapegada das coisas materiais.

Deve-se ter uma vida despojada, pois quando não se está em sintonia com a natureza vive-se uma vida falsa.

ESTÓICOS (Zenão/Sêneca – IV a.C.)
Os estóicos dizem que nós devemos cultivar o autodomínio pois toda vez que o homem toma uma decisão não racional ele necessariamente erra. Para eles, nós devemos evitar as paixões (hábitos internos) e os vícios (hábitos externos) visto que eles deturpam o autodomínio.

CÉTICOS (Pirro)
Cético significa "aquele que duvida" em grego. Quem é cético diz que nada sabe porque a dúvida é algo constante. Não existe nem uma verdade, nem uma certeza. Defendem que por nada se pode afirmar alguma coisa.

Além disso, a razão deve ser o principal instrumento para filtrar as ações éticas. Para eles o princípio da felicidade é a busca de um equilíbrio interior e que as ações são relativas pois dependem do momento.

MITO DA CAVERNA (Platão - IV a.C.)
A alma nobre liberta e permite que tenhamos atitudes éticas. Já a alma irascível, leva o homem a ter apetite pelas paixões, vícios e sentimentos que aprisionam e induzem ao erro.

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Ética Divina

A teoria está de acordo com o dualismo platônico, no qual a alma representa Deus e o corpo leva ao pecado e ao erro. Por isso o certo seria fazer o que Deus manda.

Como a Igreja é a porta-voz de Deus, deve-se fazer o que ela diz, as boas ações, para que haja uma grande recompensa.

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Ética do Dever

Kant tinha uma visão universal sobre o ser humano. Para ele, a ética é igual a liberdade. Criticava o período medieval, e defendia o Imperativo Categórico.

“Age de tal forma que traste a humanidade, tanto na tua pessoa, como na de qualquer outro, sempre e simultaneamente, como um fim em si mesmo e nunca simplesmente como um meio.”

Essa regra diz que deve-se pensar na causa em como ela é e não, na recompensa, no que ela pode proporcionar, na consequência. Para ele, a priori é a boa ação, enquanto a recompensa é irrelevante.

No período medieval as pessoas faziam coisas boas pensando na recompensa e não porque era o certo a se fazer.

O Imperativo Categórico é a autonomia da consciência moral, é desapegar-se de uma finalidade utilitarista para fazer o bem.

Essa que é a moral do dever (ou deontologia), diz que devemos fazer algo, não porque alguém mandou, mas por que deve ser feito.

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Transvaloração

Nietzsche acreditava na autonomia moral. Ele criticava os valores que são ditados por uma instituição e afirmava que deveríamos seguir a vida, já que essa não é institucional.

Na teoria da transvaloração as atitudes têm que ir além de qualquer valor ditado por uma instituição. A única referência para as ações deve ser a vida pois qualquer outro valor está imbuído em intenções e não é possível saber quais são elas. Nietzche chama isso de moral do rebanho.

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Relativismo Moral - Liberdade Humana

Sartre acredita que em todos os momentos somos livres e que não há como fugir disso, a decisão de fugir por si só é uma iniciativa da liberdade.

O relativismo moral tem haver com o momento em que é tomada uma decisão. Como exemplo: passar o sinal vermelho pode ter um lado bom, se estiver perseguindo um bandido ou se não quiser ser assaltado em uma avenida à noite.

"O homem está condenado a liberdade"
Jean-Paul Sartre

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Ética de Responsabilidade

Toda ação moral é baseada em uma consequência, essa traz uma responsabilidade, e a responsabilidade as ações.

O pensador é Hans Jonas, segundo ele todas as ações éticas e morais tem uma responsabilidade sobre as gerações futuras e que todas as ações têm impacto no futuro.

A ética da responsabilidade tem um compromisso de olhar para as próximas gerações e pensar em como as atitudes tomadas hoje influenciam o futuro.

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Consequencialismo

Essa teoria implica que a ação que deve ser tomada é aquela que tem as consequências desejadas. Por conta disso, ela pode ser considerada perigosa, podem haver deturpações no seu significado.

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Relativismo

Nessa teoria, há uma relativização da ação moral pelas seguintes condições:

- Cultura;
- Momento histórico;
- Condição social.

Qualquer ato pode, dentro dessa teoria, ser justificado dependendo do contexto. O certo e o errado são relativos.

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Ética das Virtudes

Aristóteles acredita que a finalidade da vida humana é a busca pela felicidade e que isso se dá pela busca das virtudes. Para ele, a atitude certa é aquela que vem a partir do meio termo, do ponto de equilíbrio, a virtude.

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Ética Utilitarista

Fundamentada por J. Bentham e S. Mill, o princípio útil sempre olha para os resultados.

"A máxima felicidade possível para o maior número de pessoas"

Busca-se o resultado maior para o bem de uma parcela maior. O bem útil é uma busca coletiva.

Dilema Ético

Jésica Santillán, uma paciente de 17 anos, recebeu por engano um coração e pulmões que não correspondem ao seu tipo sanguíneo, no Hospital Universitário Duque seu corpo rejeitou os órgãos devido ao erro médico. Quando encontrados novos órgãos, correspondentes ao sangue dela, trouxe junto a dúvida de fazer ou não o transplante, já que, em sua segunda operação, suas chances de sobreviver são bem menores do que na primeira cirurgia.

Dados disponibilizados informavam que Jésica teria apenas 50% de chance de sobrevivência e, caso desse certo, eram de 80% as possibilidades de futuras sequelas. Estatísticas mostram que um segundo transplante geralmente é menos bem-sucedido que o primeiro, o que dificultaria mais a decisão e o transplante em si.

A princípio houve duas opiniões em relação ao que deveria ser feito diante do dilema.

A primeira, é que a menina deveria sim receber os órgãos, porque foi devido a um erro médico que houve a rejeição desses, por parte do organismo dela, e que seria injusto não realizar o transplante, já que ela não tinha culpa de nada. Além disso, há o fato de ela ser bem jovem, tendo apenas 17 anos.

Já a segunda, que prevaleceu entre os integrantes do grupo, é que os órgãos deveriam ser passados para o próximo da fila. Levando em consideração que os órgãos que haviam sidos perdidos na primeira cirurgia, podiam ter ido para outras três pessoas, e que a chance da cirurgia dar certo é de 50% e, caso essa não ocorresse como o planejado, seriam então seis órgãos perdidos. Ademais, se a cirurgia desse certo, a menina teria 80% de chance de ter problemas no futuro. Nessa solução, é possível notar a teoria do Utilitarismo, já que uma quantidade maior de pessoas poderiam ser beneficiadas, com a passagem dos órgãos para os próximos da fila.

DEFESA: Dar os órgãos para a menina

A teoria da Deontologia encaixa-se nesse dilema para a primeira solução, porque ela demostra o princípio de fazer o que há de ser feito. Além disso, a teoria inspira a Deontologia médica, a qual estabelece um conjunto de normas e regras para diversas situações médicas que necessitam do apoio da bioética.

Essa foi a medida adotada pelos médicos, segundo a notícia do jornal The New York Times, pois segundo ela, apesar da cirurgia não ter uma boa expectativa de dar certo, foi um erro médico que deveria ser consertado e rapidamente, pois a paciente corria risco de vida e o tempo era preciso.

VISÃO

- Imperativo categórico;
- Ação boa é livre de qualquer coerção;
- Lênio Streck (professor renomado de pós-graduação de direito) disse: “não há hierarquia entre vidas”;
- Uma ação como não dar os órgãos a paciente para salvar outras 6 pessoas, mesmo visando a uma maioria, nunca é boa;
- Substituir a moral do rebanho (alguém sempre a frente de suas decisões), pela moral do dever (busca a finalidade em si);
- “Deve-se fazer o que há de ser feito, o que é meu dever moral fazer”.

DEFESA: Passar os orgãos para o próximo da fila

Então, para a segunda solução foi escolhida a teoria do utilitarismo, pois, de forma bastante clara, precisa e simples, ela demostra o pensamento do grupo para solucionar o caso, ou seja, utilizar os órgãos em outros pacientes, ao invés de utilizá-los em apenas uma pessoa.

Isso, intuitivamente, representa o princípio do utilitarismo, pois ao escolher usar os órgãos em outra pessoa, ao invés de apenas uma, está sendo tratado uma visão quantitativa, isto é, seria como o princípio utilitarista - “a maior felicidade para o maior número de pessoas”.

VISÃO

- Todas as atitudes devem ser tomadas buscando proporcionar a maior quantidade de prazer ao maior número de pessoas possível;
- O que vale é uma visão quantitativa de prazer;
- O bem estar da maioria é a prioridade;
- “Agir sempre de forma a produzir a maior quantidade de bem-estar” (Princípio do bem-estar máximo).

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Liberdade Situada

Também conhecida como liberdade condicional, nesse tipo não existe uma liberdade plena já que essa depende da situação e condição, sendo limitada por espaços e pelo direito do outro. Dessa forma, o indivíduo é livre em algumas situações e em outras não. Não tendo, portanto, total poder de escolha sobre a própria vida.

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Autodeterminismo

Nessa concepção sempre há liberdade e ela é plena.

Esse tipo de liberdade influenciou a criação de uma corrente, o existencialismo, na qual, pensar que o ser humano tem que tomar decisões é sinônimo de dor e angústia existencial. Provocando o desejo de abandonar a existência.

Ao analisar a frase de Sartre, "O homem está condenado a liberdade", fica notável a presença dessa corrente pois há um paradoxo: como alguém condenado pode ser livre?

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Determinismo

Nessa concepção a liberdade é algo utópico e não existe. Tudo já está pronto e nada depende do indivíduo. As forças externas são responsáveis por determinar a vida das pessoas.

Existe ainda o determinismo biológico, no qual o que define as características de uma pessoView all our featuresa, é sempre a genética.

Se no determinismo não há liberdade, o que determina o que é bom e mal?

Uma visão diz que o conhecimento religioso é a forma pela qual Deus conhece a sua criação e sabe seu destino. Portanto é ele quem determina.

Em outra visão, podem ser as leis universais. Se as leis da física podem determinar eventos específicos elas podem determinar o que é bom ou não. As forças exterioras seriam as responsáveis por determinar tais coisas.

Ética, Moral e Liberdade

A ética e a moral podem determinar, normatizar a liberdade. Por exemplo: uma lei pode colocar um limite sobre espaço entre um indivíduo e outro. Elas são ligadas e podem se ampliar ou limitar. A regra limita, mas também, garante a boa convivência.

Na visão de Kant alguém só pode ser julgado e responsabilizado por alguma coisa quando a faz de forma livre, ou seja, há uma ligação entre a liberdade e a atitude.

Ciência e Ética

Ciência pode ser definida como um conjunto de conhecimentos sistematicamente organizados com um objeto de estudo determinado. Busca uma verdade absoluta mas não pode ser condiderada como tal já que ao longo da história as verdades científicas são atualizadas, muitas vezes radicalmente.

"bios" significa vida e "ethos" significa conduta moral, portanto, bioética é a ciência da vida que estuda a conduta dos seres humanos em relação a outros humanos e formas de vida.

É a interrupção da gestação. No Brasil, é considerado um crime hediondo exceto em 3 casos:

- Estupro;
- Mãe corre risco de vida;
- Feto com anencefalia.

Através da técnica Crispr é possível criar um modelo de bebê manipulado em laboratório.

"eu" significa boa e "thanatos" significa morte, portanto, "boa morte".

É o ato de encerrar a vida de alguém de forma rápida e sem dor em casos de constante sofrimento, que se encontra em estado terminal ou com uma doença incurável. No Brasil é considerado crime.

1. Objeto de estudo;
2. Hipóteses;
3. Testes;
4. Análise dos resultados;
5. Teoria (verdade).

Ciência no Período Medieval

Conhecimento teórico no lugar do empírico

Durante os séculos III ao XIV a Igreja protegeu as grandes bibliotecas das invasões bárbaras pois os grandes livros ficavam nos mosteiros. A Igreja também dominou o poder econômico, político e científico.

Na idade média, as mulheres escondiam suas menstruações por medo de serem consideradas bruxas pela Santa Inquisição. Acreditava-se que uma mulher que sangra por vários dias e não falece era anviada de Satanás.

Além disso não era permitido dissecar corpos, ato comum no Período Clássico, pois o corpo seria o templo sagrado de Deus. Todavia, algumas pessoas desrespeitaram isso, como os Iluminatis.

Portanto, nesse perído a ciência era rudimentar e o medo pairava sobre as argumentações.

Renascimento Humano

"Saber é poder" - Francis Bacon

No período antigo as pessoas utilizavam como forma de conhecimento a mitologia. Posteriormente "nasceu" a filosofia, uma forma de conhecimento que usa a razão como base.

Outra religião, o cristianismo, passou a dominar por muitos séculos. Se fez necessário acontecer o "renascimento" de outra forma de conhecimento baseada na razão. Desta vez em conjunto com a experiência (prática), a ciência.

No renascimento há uma busca pela racionalidade que busca libertar-se de crenças e supertições, havendo uma transição do teocentrismo para o antropocentrismo. Ocorre a valorização do trabalho em oposição ao ócio da aristocracia e foi um período de grande avanço: foi inventada a bússola, o papel, a imprensa, a máquina a vapor, etc.

Alquimia

Os alquimistas eram estudiosos que realizaram várias misturas químicas e biológicas tentando encontrar o elixir da vida eterna ou criar pedras preciosas. Foram bastante importantes para o avanço da ciência moderna.

Os Iluminatis

Surgiram em 1786 e são uma sociedade secreta com o objetivo de se opor ao obscurantismo gerado pelas superstições da época. Foram perseguidos e são semelhantes aos maçons.

Influência Árabe

Além de influenciarem a filosofia, influenciaram na astronomia criarando equações para medir o movimento dos planetas. Os árabes conheciam e usavam o mês lunar.

Também contribuíram para a matemática e a medicina.

Correntes Filosóficas

  • Idealismo
    Platão = valorização da teoria, ideias e pensamento
    Realidade mais próxima da verdade do que as ideias

  • Realismo
    Aristóteles
    A busca do real no mundo sensível, do empírico, material

  • Racionalismo
    Fundado por René Descartes
    “Penso, logo existo!”
    É inspirado no idealismo, com isso possui a valorização das ideias e pensamentos

  • Empirismo
    Fundada por John Locke e inspirada nas ideias de Aristóteles, essa corrente se baseia no uso das experiências como fonte da verdade e é um caminho importante para o método cientifico do período medieval

  • Ceticismo
    Essa corrente diz que a dúvida e o questionamento são o caminho para achar a verdade e a base do conhecimento

  • Dogmatismo
    Era comum principalmente entre os pré-socráticos
    Todo conhecimento tem os seus dogmas, estabelece verdades absolutas que são os dogmas

  • Intuição
    Séc. XVII XVII.
    Um conhecimento prévio, mas que pode ser comprovado
    Antecipa um conhecimento comprovado

René Descartes

(1596 – 1650)

foi um filósofo e matemático francês, criador do pensamento cartesiano, sistema filosófico que deu origem à filosofia Moderna. Ele é autor da obra “O Discurso sobre o Método”, um tratado filosófico e matemático publicado na França em 1637.

Sugeriu uma nova visão da natureza, que anulava o significado moral e religioso da época.

Chamado de pai da filosofia moderna, criou o que ficou conhecido como Teoria do Conhecimento ou Gnosiologia, no qual ele investiga como que funciona a estrutura do conhecimento na mente humana.

Ele acreditava ser necessário organizar as dúvidas e que para isso era necessário organizar um método. Primeiramente ele categorizou as dúvidas como metódicas pois elas tinham que ser organizadas para poder se chegar a um pensamento. Depois organizou-as das mais simples para as mais complexas, fez revisões, escreveu esse ordenamento. Depois das conclusões, obteve teorias. Essa maneira de organizar as dúvidas, ajudaram a metodologia cientifica.

Após esse processo, Descartes chegou as seguintes conclusões:

- Os sentidos não são fontes seguras de conhecimento, pois causam ilusões.
- Há razões para duvidar que o mundo físico seja uma ilusão.
- Há razões para acreditar que o nosso entendimento confunde o verdadeiro com o falso.

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(1632 - 1704)

John Locke

Contemporâneo de René Descartes, John Locke é considerado o pai do Empirismo Moderno e possui influência de Aristóteles. Para os empíricos a razão por si só não é nada. Para eles a experiência é mais importante para a razão, do que a razão por si só.

Além, para Locke, quando nascemos nossa mente é como uma espécie de “Tábula Rasa”. Conforme nós vamos adquirindo vivência vamos escrevendo ideias, conceitos e conhecimento nessa tábua. O indivíduo não é bom nem mal. As ideias são formadas a partir das experiências e do contato com o mundo.

Blaise Pascal

  • Biografia
    Blaise Pascal nasceu em 1623 e ficou órfão com apenas três anos de idade. Era uma criança curiosa e por isso, começou a estudar geometria aos 12 anos e com 16, escreveu o ensaio das cônicas. Realizou vários experimentos sobre pressão atmosférica, sendo que, em 1647 dedicou-se a atividades científicas. Em 1654, elaborou os princípios de sua doutrina filosófica. E em 1662, faleceu em Paris.
  • Descobertas
    Pascal descobriu que a soma dos ângulos de um triângulo é igual dois ângulos retos, ou seja, o equivalente a um ângulo de 180°. Com 16 anos, escreveu ensaios sobre as cônicas e com 19, criou a máquina aritmética, para ajudar os pais a calcular os tributos, pois esses, eram cobradores de impostos. Essa máquina ficou conhecida, como pascalina, e é a primeira calculadora mecânica da história.
    Ele, também, apresentou o modelo de teoremas de geometria projetiva e realizou experimentos de hidrostática. Nesse âmbito, ele comprovou a existência do vácuo e o peso do ar, e a hidrostática dos fluidos, no qual formulou o princípio de pascal, bastante utilizado em sistemas hidráulicos. Além disso, a medida da pressão, “Pa”, é em homenagem as suas contribuições.

    Na matemática, ele formulou a teoria da probabilidade e o triângulo aritmético. Já na filosofia, Pascal dizia: “A tarefa principal do homem é conhecer a si mesmo, mas para cumprir esse empreendimento a razão não nos pode ajudar muito, pois ela é fraca, desnecessária e imprecisa e cai constantemente na fantasia, no sentimentalismo e no hábito. Para conhecer- nos o melhor caminho é o do coração.”

Michel de Montaigne

Michel de Montaigne foi um filósofo do século XVI, considerado um dos maiores humanistas franceses. Nasceu em 1533, no Castelo de Montaigne, localizado na região de Bordeaux, França. De família rica e nobre, iniciou seus estudos em casa com um tutor pago até ingressar no colégio de Guyene.

Em 1549, ingressou na faculdade de Toulouse para estudar Direito. Tornou- se conselheiro do Parlamento de Boudeaux e seguiu por alguns anos no rumo da política, assumindo cargos como Presidente da Câmara e Prefeito. Em 1571, decide abdicar de sua carreira e realiza diversas viagens pela Europa em busca de reflexões.

Ele se dedica, assim, aos estudos de filosofia e publica inúmeras obras focadas, principalmente, na condição existencial do ser humano. O livro “Ensaios”, escrito em 1580, foi sua única obra publicada em três volumes, sendo um marco para o nascimento do gênero ensaio pessoal, e responsável por sua fama. Faleceu em 1592, em sua cidade natal, e seu pensamento trouxe contribuições muito significativas para a história da filosofia.

Era ceticista, ou seja, acreditava que verdades absolutas estavam fora do alcance humano, sendo assim, ele não possuía ideias concretas ou doutrinas. Sua filosofia, então, se baseia em relatos e pensamentos pessoais, segundo ele, o homem deve buscar ser unicamente um homem e nada mais que isso. Para ele, o ser e a raça estão em constante mudança, esse deve aceitar a morte.

Critica o sistema educacional francês da época, pois, segundo ele, a educação deveria ser empírica. Deveria ser formadora de um pensamento crítico e independente, nas palavras dele: “Cuidamos apenas de encher a memória, e deixamos vazios o entendimento e a consciência.”.

Além disso, acredita que o homem deve buscar ser feliz buscando a si mesmo, de forma autônoma e desprendida. Devido a isso, seus textos acabam girando em torno deste pensamento, como o seu texto “Da solidão”, onde diz que, a solidão não é algo a ser almejado, mas buscar a glória e fama, e viver em busca da aprovação alheia não leva à felicidade, uma vez que desprende a busca do indivíduo por si mesmo e acaba vivendo em função do próximo.

Foi o criador do gênero ensaístico, um texto dissertativo-argumentativo que expõe ideias e reflexões sobre um tema diverso de forma mais profunda e pessoal em relação aos demais tipos textuais opinativos. O ensaio não segue uma estrutura formal, sendo livre de acordo com a preferência de seu escritor, desde que contenha tema, título, corpo do texto e referências.

“Ensaios”, foi sua única obra publicada em três volumes, sendo esse o primeiro emprego da palavra “ensaio” na história. Ainda que não focada no cientificismo, “Ensaios” foi um sucesso na época, sendo influente no contexto do Renascentismo. Montaigne, pela introspecção, reflete não apenas sobre o homem em sua perspectiva de filósofo, mas como um todo em sua natureza humana.

Alguns dos artigos de destaque são:
- Dos canibais
- Sobre a vaidade Sobre a amizade Dos livros
- Jornal de viagem

Frase destaque: “A melhor coisa do mundo é saber ser você mesmo.”

- “Abandonar a vida por um sonho, é estimá-la exatamente por quanto ela vale.”

- “O homem não é tão ferido pelo que acontece, e sim por sua opinião sobre o que acontece.”


- “A minha opinião é que nós temos de nos emprestar aos outros, mas apenas nos darmos a nós mesmos.”


- “Se eu fosse um fabricante de livro, faria um registro comentado das diversas mortes. Quem ensinasse os homens a morrer, ensiná-los-ia a viver.”






- Adotou o princípio grego, “Conhece-te a ti mesmo". Segundo ele, a escrita é um meio de chegar a este conhecimento de si.

- Se preocupa também com a condiçãoexistencial do ser humano. A existência é um problema, uma pergunta que nunca poderá ser respondida.

- Tinha um castelo, em que ele se isolava e escrevia.

- Buscava descrever o homem descrevendo a si mesmo.

- Sua obra não criou nenhum sistema filosófico, porque foi uma tentativa dele de aprender sobre si mesmo e os próprios sentimentos.





Thomas Morus

  • Biografia
    Nascido em Londres, Inglaterra, Thomas Morus foi um diplomata, advogado, escritor e um dos grandes humanistas do Renascimento. Através de seu trabalho tornou-se um profissional respeitado e em 1520, foi para a corte de Henrique VIII, onde depois de sucessivas ascensões por importantes cargos, tornou-se Chanceler da Inglaterra.

  • Utopia

    A palavra "Utopia"
    Aparecendo pela primeira vez na obra homônima de Thomas Morus, a palavra Utopia, de acordo com a etimologia do grego, significa “não lugar”, ou seja, um lugar que não existe na realidade.
    Na contemporaneidade, é considerada uma espécie de gênero de escrita caracterizado por ter como principal tema uma organização política e/ou social ideais, geralmente em contraponto a uma organização política e/ou social atual.

    A obra
    A geografia da ilha foi descrita, provavelmente, a partir de narrativas sobre a América e é demostrado como seria aplicável uma sociedade sem propriedade privada e sem intolerância religiosa, na qual a razão é o critério para estabelecer condutas sociais e não o autoritarismo do Rei ou da Igreja.
    A religião na obra
    Todos têm liberdade religiosa e apenas eram vistos com desconfiança aqueles que não professavam nenhuma fé. Isso porque, a fé é consequência da razão e instrumento para exercício da justiça, ou seja, se acredita em Deus, porque, pela razão, os indivíduos reconhecem que sua existência depende dele. Além disso, a crença em um julgamento futuro faz com que todos apliquem e exerçam a justiça e não se entreguem a prazeres de forma desregrada. Sendo assim, a religião é formada a partir de preceitos do cristianismo e de escolas estoicismo e o epicurismo, possuindo três verdades básicas:
    1. A fé na existência de um ser supremo;
    2. A providência de Deus em relação aos homens é amável;
    3. A fé na providência e na retribuição futura para a alma, que é imortal.

    O bem comum
    Há a divisão dos bens entre todos, pois acredita-se que isso garantiria a abundância para todos e não a concentração de riquezas nas mãos de um grupo pequeno e, através da divisão do trabalho, todos trabalhariam apenas o necessário para garantir o bem geral, pois do mesmo modo que ninguém trabalharia para outra pessoa, ninguém poderia se esquivar de sua responsabilidade.

Francis Bacon

Responsável pela criação do método científico e considerado um dos fundadores da ciência moderna, Francis Bacon nasceu em 1561 e é de família nobre, sendo que seus pais trabalhavam para a rainha Elizabeth I. Teve uma educação calvinista e humanista, e estudou direito em Cambridge.

Ao terminar a faculdade, virou diplomata e morou na França. Foi também chanceler de Jaime I, entretanto, ao ser acusado de corrupção ele é obrigado a afastar-se dessa área. Falesceu em 1626 na tentativa de fazer um experimento para ver se a carne durava mais tempo no frio.

Empirismo é uma corrente filosófica com base em Aristotéles, da área da teoria do conhecimento ou gnosiologia, que estuda as formas pela qual alguém pode praticar o ato de conhecer. Deriva do termo grego "empeiría" que significa experiência.

Francis Bacon foi o primeiro grande filósofo a trabalhar com o método filosófico e científico de indução, ou o método indutivo puro que funciona a partir de quatro etapas:

1. Observar a natureza;
2. Organizar os dados;
3. Formular as hipóteses;
4. Comprovar por meio de experimentações repetitivas.

O método indutivo, feito pelo Francis combate os erros feitos pelas falsas noções e hábitos mentais, incutidos na mentalidade dos homens e que prejudicam o avanço da ciência e da racionalidade. São quatro os tipos:

- Ídolo da Tribo: Proveniente das limitações da espécie humana. A partir de convivências e educação.
- Ídolo da Caverna: Relaciona-se ao “Mito da caverna” de Platão, proveniente de falsas noções do ser humano.
- Ídolo do Mercado ou do Foro: Provenientes da linguagem e da comunicação.
- Ídolo do Teatro: Provenientes do campo de doutrinas filosóficas, culturais e científico, ideias que não podem ser validadas. Dentro desse, há três subdivisões:
 * Ídolos Sofistas: Conclusões de experiências não provadas.
 * Ídolos Empíricos: Conclusões a partir de poucos experimentos.
 * Ídolos Supersticiosos: Conclusões da filosofia, teologia e tradições.

Estética

Teve início com Platão e Aristóteles ao estudarem a maneira como as manifestações estéticas impactam nos sentidos dos seres humanos. Para Platão a arte é a imitação da realidade e estimula a ilusão e as paixões. Dessa forma, desviando o homem da contemplação das ideias verdadeiras. Já para Aristóteles, a arte é a representação da realidade de forma mais nobre.
A estética é a área da filosofia que estuda a sensibilidade de perceber o mundo ao nosso redor. Por isso a estética tem a ver com os sentidos, com a capacidade de se colocar como sujeito para analisar a realidade.

Gosto

No senso comum, gosto é algo que não se discute, porém, dentro da esfera da estética não. Nós emitimos um julgamento estético, apreciando ou não, e ao emitir esse julgamento, nós estamos fazendo uma análise crítica.

Beleza

Tudo aquilo que causa prazer.

Feio

Tudo o que causa desprazer e repulsa.

Subjetividade

É o não depender da beleza da coisa, mas sim do sujeito e de suas experiências. Depender muito mais do indivíduo, do que da coisa.

Objetividade

Aquilo que o objeto tem que atrai o sujeito.

Aura - Encantamento

Capacidade de provocar e de encantar.

Originalidade

É a capacidade de criar algo novo, inusitado e original. Deve sempre provocar o encantamento, o espanto estético.

Apreciação desinteressada

É ligada a aura e significa a forma como o indivíduo aprecia algo sem possuir interesses por trás.

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